Fifa impõe parceiros às sedes da Copa-2014
BRASÍLIA -- A reportagem ouviu reclamações dos representantes dos governos estaduais, sob condição de anonimato, e conseguiu cópia de documentos que confirmam o lobby.
Os papéis mostram que o departamento de marketing da Fifa e o Comitê Organizador Local atuaram em favor de uma fabricante de brindes, uma empresa de energia solar e uma seguradora.
As três empresas são apresentadas como líderes de mercado e parceiras oficiais da Fifa, cujos dirigentes foram recentemente alvo de denúncias de corrupção, entre elas o pagamento de propina na eleição das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Entre os documentos obtidos estão um e-mail e uma apresentação de PowerPoint em que a Fifa manifesta interesse na contratação da parceira ADM para a confecção de brindes, como bonés e chaveiros. Os documentos são assinados pelo diretor de marketing da Fifa no Brasil, Jay Neuhaus. O recado: ou a sede contrata a ADM ou paga 17% de taxa de licenciamento caso opte por outra fabricante.
As sugestões de contratação colocam as cidades-sedes diante do impasse de agradar à entidade ou seguir a Lei de Licitações, arcando, assim, com custos extras para atender ao padrão Fifa.
Em e-mail de abril, enviado após alerta das cidades para as restrições da legislação, Neuhaus fez um pedido. "Esperamos ter a cooperação de vocês em adotar a ADM. Nós entendemos que as sedes, por serem entidades públicas, estão atreladas aos processos de licitação, porém esperamos encontrar uma forma de garantir que a ADM sempre faça parte deste processo", dizia o texto.
No e-mail, o diretor da Fifa elogia a equipe da ADM como "a mágica do projeto".
O diretor-geral de marketing da Fifa também assinou outro ofício anunciando a Liberty Seguros como seguradora do próximo Mundial.
Os papéis mostram que o departamento de marketing da Fifa e o Comitê Organizador Local atuaram em favor de uma fabricante de brindes, uma empresa de energia solar e uma seguradora.
As três empresas são apresentadas como líderes de mercado e parceiras oficiais da Fifa, cujos dirigentes foram recentemente alvo de denúncias de corrupção, entre elas o pagamento de propina na eleição das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Entre os documentos obtidos estão um e-mail e uma apresentação de PowerPoint em que a Fifa manifesta interesse na contratação da parceira ADM para a confecção de brindes, como bonés e chaveiros. Os documentos são assinados pelo diretor de marketing da Fifa no Brasil, Jay Neuhaus. O recado: ou a sede contrata a ADM ou paga 17% de taxa de licenciamento caso opte por outra fabricante.
As sugestões de contratação colocam as cidades-sedes diante do impasse de agradar à entidade ou seguir a Lei de Licitações, arcando, assim, com custos extras para atender ao padrão Fifa.
Em e-mail de abril, enviado após alerta das cidades para as restrições da legislação, Neuhaus fez um pedido. "Esperamos ter a cooperação de vocês em adotar a ADM. Nós entendemos que as sedes, por serem entidades públicas, estão atreladas aos processos de licitação, porém esperamos encontrar uma forma de garantir que a ADM sempre faça parte deste processo", dizia o texto.
No e-mail, o diretor da Fifa elogia a equipe da ADM como "a mágica do projeto".
O diretor-geral de marketing da Fifa também assinou outro ofício anunciando a Liberty Seguros como seguradora do próximo Mundial.
Por Folha