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Buenos Aires vai às urnas com alta probabilidade de rever duelo de 2007

Os eleitores da capital argentina irão às urnas neste domingo, em uma votação que, segundo todas as pesquisas, reeditará o duelo registrado que há quatro anos entre o atual prefeito, Mauricio Macri, e o peronista Daniel Filmus. As pesquisas coincidem que o conservador Macri chegará ao primeiro posto neste domingo, mas sem alcançar os 50% mais um dos votos necessários para ser reeleito em primeiro turno.
Essa possibilidade, que o próprio prefeito deu como certa, o obrigaria a disputar uma segunda rodada, programada para o dia 31, com o candidato que levar o segundo lugar. As pesquisas apontam para o senador Filmus, candidato da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.
Segundo as pesquisas publicadas nesta sexta-feira, Macri obterá neste domingo entre 34% e 45,3% dos votos, enquanto Filmus receberá entre 27,8% e 35,2%. Eles já se enfrentaram pela chefia do governo de Buenos Aires na corrida eleitoral de 2007, quando o líder da Proposta Republicana (PRO, centro-direita) venceu em segundo turno, com 60,7% dos votos.
Outros 13 candidatos à prefeitura concorrem nesta eleição, entre eles o cineasta e deputado Fernando "Pino" Solanas, que, como Macri, desistiu de sua candidatura a presidente e optou por concorrer na capital. Solanas, terceiro nas pesquisas, almeja repetir a grande surpresa apontada nas legislativas de dois anos atrás, quando conseguiu resultados muito bons que o permitiram ganhar quatro cadeiras no Congresso para o Projeto Sul, de centro-esquerda. Segundo as pesquisas, o cineasta alcançará de 5,6% a 12,7% dos votos, que são obrigatórios para o eleitorado portenho.
Durante a campanha, temas como os problemas de segurança, higiene e trânsito e as evidentes desigualdades entre o sul e o norte da capital argentina apareceram nas falas dos candidatos em atos e entrevistas, mas não houve uma discussão real de como abordá-los. De acordo com uma pesquisa da empresa de consultoria Equis, para 84,1% dos entrevistados a insegurança é o principal problema da cidade.
Com um peso de 8,6% no censo nacional, a capital é o terceiro maior distrito eleitoral da Argentina, atrás das províncias de Buenos Aires (10,7 milhões) e Córdoba (2,5 milhões). Neste domingo serão eleitos, além de prefeito e vice-chefe de governo, 30 integrantes da Legislatura e, pela primeira vez, serão designados sete membros por cada uma das 15 comunas nas quais a cidade está dividida.

Por Época