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Cresce temor de contágio da crise europeia

Após uma segunda-feira marcada por retrações na maior parte das Bolsas da Europa, o temor de contágio da crise grega para países como Espanha e Itália derrubou novamente as cotações no continente. Nesta terça-feira, as principais Bolsas europeias abriram o pregão em forte queda. Na Espanha, a taxa de risco do país atingiu o maior valor da história, com 370 pontos. O risco-país espanhol usa como parâmetro o bônus alemão a dez anos, considerado o mais seguro da Europa.

Bolsas - O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em forte baixa de 3,63%, aos 17.594 pontos. O índice geral FTSE All-Share também caiu 3,67%, para os 18.342 pontos. O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu em forte baixa de 2,82%. Situação de queda também na Alemanha, cujo índice principal da Bolsa de Frankfurt, o DAX, operava em baixa de 1,67%, aos 7.109,77 pontos. Em Paris, o índice CAC registrou retração de 1,8% na abertura da sessão, aos 3.738,79 pontos.
 
Ampliação de ajuda - Na noite desta segunda-feira, os ministros da zona do euro anunciaram que podem ampliar o fundo de resgate do continente, atualmente em 440 bilhões de euros, em uma tentativa de acalmar os mercados. “Os ministros estão prontos para adotar mais medidas que podem melhorar a capacidade da região do euro de resistir ao risco de contágio, incluindo melhorar a flexibilidade e o escopo do EFSF, alongando os vencimentos dos empréstimos e diminuindo as taxas de juros, incluindo arranjos colaterais onde for necessário", declarou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

Segunda-feira tensa - Os mercados europeus reagiram com desconfiança à reunião convocada emergencialmente pela União Europeia para discutir os rumos da crise na Grécia e as crescentes preocupações com as economias da Itália e Espanha na segunda-feira. As dúvidas em relação à saúde dos bancos italianos também ajudaram a proliferar a tensão, a uma semana do resultado dos testes de estresse nas instituições financeiras da Europa.

Por Veja