Pai de garoto que se matou quer pedir desculpas a professora
O guarda municipal Milton Nogueira, pai do garoto que atirou contra uma professora e depois se matou dentro da escola, em São Caetano do Sul, afirmou ao programa "Fantástico", da TV Globo, que quer pedir desculpas à professora baleada. "Queria dar um abraço nessa professora e pedir desculpas para a família", disse.
Milton afirmou que não sente culpa pelo ocorrido. "Não sinto culpa. Simplesmente acho que aconteceu uma tragédia", afirmou. O garoto usou a arma do pai --um revólver calibre 38-- para fazer os disparos. Ele contou que carregou a mochila do filho no caminho para a escola, mas não desconfiou de nada. Ele e sua mulher Elenice, disseram à TV Globo que a arma ficava sempre descarregada dentro de casa. Justamente naquele dia, Milton havia esquecido a munição no revólver. "Os dois [filhos] sempre foram instruídos. A arma é feita para matar", afirmou Milton.
Sobre o que pode ter levado o garoto a tirar a própria vida, os pais disseram que não sabiam, pois o garoto não tinha problema com ninguém e era carinhoso e estudioso.
O pai do garoto pode ser indiciado sob a suspeita de negligência ou omissão na guarda de arma de fogo.
ARMA ESCONDIDA
Sabendo do perigo em possuir uma arma em casa, ele sempre dizia aos garotos que, se tivessem curiosidade em ver o revólver, deveria procurá-lo que ele mostraria.
A arma particular ficava guardada em uma caixa de papelão na parte alta de um armário no quarto do casal.
Na Guarda Municipal, Nogueira não teve nenhuma advertência oficial. O secretário municipal de Segurança, Moacir Rodrigues, disse que ele tem uma carreira exemplar.
Nas horas de folga, o guarda fazia bico como vigilante em uma lanchonete de São Caetano. Era lá que ele usava esse revólver particular.
MOCHILA
Informalmente, Nogueira disse à polícia que, ao perceber que sua arma não estava em casa, procurou os filhos na escola e perguntou para eles se um dos dois havia pegado o revólver. Os dois negaram, e ele acreditou.
Segundo a polícia, o guarda lamentou não ter olhado a mochila dos filhos antes de voltar para casa e pedir para a mulher procurar direito a arma, antes que ele registrasse um boletim de ocorrência.
Na próxima semana, Nogueira e a mulher dele, Elenice Mota, deverão ser ouvidos oficialmente pela polícia.
TRAGÉDIA
O crime aconteceu às 15h50 de quinta-feira (22) na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, considerada a melhor pública de São Caetano do Sul. A escola permanecerá fechada até quarta-feira (28).
Segundo a delegada, o aluno pediu para ir ao banheiro e efetuou o disparo contra Rosileide logo em seguida.
Na sequência, o garoto se retirou da sala, sentou em uma escada e disparou ele próprio, na cabeça.
Ambos foram socorridos com vida. O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, em São Caetano. Ele teve duas paradas cardíacas e morreu às 16h50, de acordo com a prefeitura da cidade.
A professora permanece internada no Hospital das Clínicas, na capital paulista. Ela passou por uma cirurgia de cerca de três horas para a retirada do projétil. Segundo o HC, ela passa bem e está consciente.
Milton afirmou que não sente culpa pelo ocorrido. "Não sinto culpa. Simplesmente acho que aconteceu uma tragédia", afirmou. O garoto usou a arma do pai --um revólver calibre 38-- para fazer os disparos. Ele contou que carregou a mochila do filho no caminho para a escola, mas não desconfiou de nada. Ele e sua mulher Elenice, disseram à TV Globo que a arma ficava sempre descarregada dentro de casa. Justamente naquele dia, Milton havia esquecido a munição no revólver. "Os dois [filhos] sempre foram instruídos. A arma é feita para matar", afirmou Milton.
Sobre o que pode ter levado o garoto a tirar a própria vida, os pais disseram que não sabiam, pois o garoto não tinha problema com ninguém e era carinhoso e estudioso.
O pai do garoto pode ser indiciado sob a suspeita de negligência ou omissão na guarda de arma de fogo.
ARMA ESCONDIDA
Sabendo do perigo em possuir uma arma em casa, ele sempre dizia aos garotos que, se tivessem curiosidade em ver o revólver, deveria procurá-lo que ele mostraria.
A arma particular ficava guardada em uma caixa de papelão na parte alta de um armário no quarto do casal.
Na Guarda Municipal, Nogueira não teve nenhuma advertência oficial. O secretário municipal de Segurança, Moacir Rodrigues, disse que ele tem uma carreira exemplar.
Nas horas de folga, o guarda fazia bico como vigilante em uma lanchonete de São Caetano. Era lá que ele usava esse revólver particular.
MOCHILA
Informalmente, Nogueira disse à polícia que, ao perceber que sua arma não estava em casa, procurou os filhos na escola e perguntou para eles se um dos dois havia pegado o revólver. Os dois negaram, e ele acreditou.
Segundo a polícia, o guarda lamentou não ter olhado a mochila dos filhos antes de voltar para casa e pedir para a mulher procurar direito a arma, antes que ele registrasse um boletim de ocorrência.
Na próxima semana, Nogueira e a mulher dele, Elenice Mota, deverão ser ouvidos oficialmente pela polícia.
TRAGÉDIA
O crime aconteceu às 15h50 de quinta-feira (22) na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, considerada a melhor pública de São Caetano do Sul. A escola permanecerá fechada até quarta-feira (28).
Segundo a delegada, o aluno pediu para ir ao banheiro e efetuou o disparo contra Rosileide logo em seguida.
Na sequência, o garoto se retirou da sala, sentou em uma escada e disparou ele próprio, na cabeça.
Ambos foram socorridos com vida. O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, em São Caetano. Ele teve duas paradas cardíacas e morreu às 16h50, de acordo com a prefeitura da cidade.
A professora permanece internada no Hospital das Clínicas, na capital paulista. Ela passou por uma cirurgia de cerca de três horas para a retirada do projétil. Segundo o HC, ela passa bem e está consciente.
Por Folha