Fim do Wave mata inovação do Google
O Google Wave vai acabar de vez e ninguém vai chorar. Pois muita gente deveria, porque, com o fim do serviço, morre também o antigo jeito de inovar do Google.
O Wave marcou o auge da cultura empreendedora de Mountain View. Quando foi apresentado pela primeira vez, no Google I/O de 2009, uma multidão de internautas ficou boquiaberta com o potencial que poderia ter. Era o e-mail do futuro, nas palavras de um dos seus criadores, Lars Rasmussen. Todo mundo queria usar, todo mundo queria testar. Mas ninguém podia. O serviço demorou a ficar pronto, e não eram poucos os bugs. A decepção foi generalizada.
Ainda assim, o Wave era um produto típico do Google dos velhos tempos. Os engenheiros podiam desenvolver alguma coisa totalmente nova, botar no ar e esperar para ver. Do ponto de vista da empresa, não havia problemas se não funcionasse, muito menos uma cobrança para que desse certo. O Gmail, o Orkut, o Reader e vários serviços usados até hoje começaram assim. Muitos outros, como o Wave, foram para o limbo.
Desde que Larry Page assumiu como CEO, no início do ano, iniciativas pequenas ou de pouco sucesso passaram a ser desativadas. A justificativa é que, assim, a empresa pode se concentrar nos produtos que realmente interessam. É bem provável que tenha acabado a era das ideias malucas que viravam coisa séria. Produtos novos, como o Google+, nascem mais bem acabados, sem aquele selo Beta dos velhos tempos.
Agora, o Google cuidará prioritariamente do Android, das buscas, do Chrome, da publicidade, do YouTube e do Google+. Vai continuar a inovar, provavelmente com um ritmo bem menor do que antes e de um jeito totalmente diferente, mais burocrático. Muitos dos engenheiros que não concordam com isso, como o próprio Lars Rasmussen, foram trabalhar em outra empresa: o Facebook.
O Wave marcou o auge da cultura empreendedora de Mountain View. Quando foi apresentado pela primeira vez, no Google I/O de 2009, uma multidão de internautas ficou boquiaberta com o potencial que poderia ter. Era o e-mail do futuro, nas palavras de um dos seus criadores, Lars Rasmussen. Todo mundo queria usar, todo mundo queria testar. Mas ninguém podia. O serviço demorou a ficar pronto, e não eram poucos os bugs. A decepção foi generalizada.
Ainda assim, o Wave era um produto típico do Google dos velhos tempos. Os engenheiros podiam desenvolver alguma coisa totalmente nova, botar no ar e esperar para ver. Do ponto de vista da empresa, não havia problemas se não funcionasse, muito menos uma cobrança para que desse certo. O Gmail, o Orkut, o Reader e vários serviços usados até hoje começaram assim. Muitos outros, como o Wave, foram para o limbo.
Desde que Larry Page assumiu como CEO, no início do ano, iniciativas pequenas ou de pouco sucesso passaram a ser desativadas. A justificativa é que, assim, a empresa pode se concentrar nos produtos que realmente interessam. É bem provável que tenha acabado a era das ideias malucas que viravam coisa séria. Produtos novos, como o Google+, nascem mais bem acabados, sem aquele selo Beta dos velhos tempos.
Agora, o Google cuidará prioritariamente do Android, das buscas, do Chrome, da publicidade, do YouTube e do Google+. Vai continuar a inovar, provavelmente com um ritmo bem menor do que antes e de um jeito totalmente diferente, mais burocrático. Muitos dos engenheiros que não concordam com isso, como o próprio Lars Rasmussen, foram trabalhar em outra empresa: o Facebook.
Por Exame