Bolívia estatiza gigante de energia da Espanha
O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou nesta terça-feira a
nacionalização 99,94% das ações que a Rede Elétrica Espanhola (REE)
possui da Transportadora de Electricidade (TDE). A empresa recuperada
por decreto pelo Estado boliviano atende 85% do mercado nacional e
possui 73% das linhas de transmissão do país. A decisão ganhou destaque
nos jornais espanhóis “El País”, “El Mundo”, “La Razón”, “La Gaceta” e
“ABC”, que a classificou como “um novo golpe sobre uma empresa
espanhola” na América Latina. A imprensa espanhola destacou, como
truculenta, a decisão de Morales de determinar a ocupação da empresa
pelas Forças Armadas. O governo argumenta que o nível de investimento da
companhia foi considerado insuficiente.
- Como homenagem justa a todo o povo boliviano que lutou pela recuperação de seus recursos naturais, pela recuperação dos serviços básicos, nacionalizamos a Transportadora de Electricidad em nome do povo boliviano e para o benefício do povo boliviano - disse Morales ao anunciar a nacionalização, durante a cerimônia de homenagem aos trabalhadores. E ocorreu dois anos após a nacionalização das principais companhias elétricas do país que haviam sido privatizadas na década passada. Horas depois de anunciar a expropriação, Morales participou da inauguração do segundo complexo de gás da Repsol na Bolívia, ao lado do presidente da empresa espanhola, Antonio Brufau.
A notícia pegou de surpresa o governo do conservador Mariano Rajoy, ainda atordoado pela nacionalização da YPF, e em pleno feriadão, já que ao Dia do Trabalho se une, hoje, o Dia da Comunidade Autônoma de Madri.
Diferentemente da expropriação por Buenos Aires, a medida de Morales não era esperada por Madri. As expectativas são que o Executivo espanhol se pronuncie a qualquer momento por meio do ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo, que, ontem, falou com seu colega boliviano. Desde que desembarcou no Palácio Quemado, em janeiro de 2006, o presidente boliviano já expropriou mais de 20 empresas que foram privatizadas em governos anteriores nos setores de hidrocarbonetos, energia elétrica, telecomunicações e mineração.
Morales afirmou que a TDE, criada em 1997 durante a privatização do setor elétrico e que está sob controle da Red Eléctrica desde 2002, investiu apenas US$ 81 milhões nos últimos 16 anos. Em 1° de maio de 2006, o presidente nacionalizou o setor de hidrocarbonetos.
Também nesta terça, a Bolívia pôs em funcionamento um complexo de gás natural na província de Chaco, que pode ajudar a incrementar em cerca de 15% suas exportações de combustíveis e cumprir com embarques crescentes a Argentina, um de seus principais clientes. A unidade de Margarita, liderada pela Repsol-YPF, tem um investimento de quase US$ 1,5 bilhão, incluída uma segunda ampliação que se completará em 2014.
- Como homenagem justa a todo o povo boliviano que lutou pela recuperação de seus recursos naturais, pela recuperação dos serviços básicos, nacionalizamos a Transportadora de Electricidad em nome do povo boliviano e para o benefício do povo boliviano - disse Morales ao anunciar a nacionalização, durante a cerimônia de homenagem aos trabalhadores. E ocorreu dois anos após a nacionalização das principais companhias elétricas do país que haviam sido privatizadas na década passada. Horas depois de anunciar a expropriação, Morales participou da inauguração do segundo complexo de gás da Repsol na Bolívia, ao lado do presidente da empresa espanhola, Antonio Brufau.
A notícia pegou de surpresa o governo do conservador Mariano Rajoy, ainda atordoado pela nacionalização da YPF, e em pleno feriadão, já que ao Dia do Trabalho se une, hoje, o Dia da Comunidade Autônoma de Madri.
Diferentemente da expropriação por Buenos Aires, a medida de Morales não era esperada por Madri. As expectativas são que o Executivo espanhol se pronuncie a qualquer momento por meio do ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo, que, ontem, falou com seu colega boliviano. Desde que desembarcou no Palácio Quemado, em janeiro de 2006, o presidente boliviano já expropriou mais de 20 empresas que foram privatizadas em governos anteriores nos setores de hidrocarbonetos, energia elétrica, telecomunicações e mineração.
Morales afirmou que a TDE, criada em 1997 durante a privatização do setor elétrico e que está sob controle da Red Eléctrica desde 2002, investiu apenas US$ 81 milhões nos últimos 16 anos. Em 1° de maio de 2006, o presidente nacionalizou o setor de hidrocarbonetos.
Também nesta terça, a Bolívia pôs em funcionamento um complexo de gás natural na província de Chaco, que pode ajudar a incrementar em cerca de 15% suas exportações de combustíveis e cumprir com embarques crescentes a Argentina, um de seus principais clientes. A unidade de Margarita, liderada pela Repsol-YPF, tem um investimento de quase US$ 1,5 bilhão, incluída uma segunda ampliação que se completará em 2014.