Em novo acordo, CPI recusa antecipar votação para convocar governadores
Parte da oposição e governistas rejeitaram votar nesta quinta-feira (24)
os requerimentos de convocação dos governadores Marconi Perillo
(PSDB-GO), Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF) e da matriz
da empreiteira Delta.
A sugestão de antecipar para hoje a reunião marcada para a próxima terça-feira partiu do senador Pedro Taques (PDT-MT) após dois depoimentos previstos para hoje terem sido cancelados pelo fato de os investigados terem se recusado a responder as perguntas.
Parlamentares do PT, PSDB e PMDB, que têm governadores envolvidos, votaram contra antecipar a reunião deliberativa prevista para a próxima terça-feira. "Muita água suja vai rolar até quarta. Tem um evidente acordo para proteger os seus", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
"Tem um acordo entre PSDB e PT. Eu não vejo diferença de votar hoje e terça", complementou o deputado Silvio Torres (PTB-PE). Os que votaram contra antecipar a reunião alegaram que havia um acordo para que a votação dos requerimentos ocorra somente na próxima terça-feira.
DEPOIMENTO
Mais cedo, o ex-vereador Wladimir Garcêz, que assessorava Carlinhos Cachoeira e a empresa Delta, disse à CPI nesta quinta-feira (24) que atuava nos dois empregos fazendo contatos políticos, mas negou as acusações de que faria parte de uma organização criminosa ou que tenha cometido atos ilícitos.
Preso desde fevereiro em Goiânia, acusado de fazer parte de uma rede ilegal comandada por Cachoeira, Garcêz fez um depoimento de aproximadamente 15 minutos aos integrantes da CPI mista, mas evitou responder a perguntas do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Garcêz, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia pelo PSDB, afirmou que é acusado com provas obtidas ilegalmente pela Polícia Federal e que só se manifestaria sobre o que conhecia das investigações.
Ele afirmou ainda que recebia R$ 20 mil da construtora Delta para assessorar o ex-diretor da empresa no Centro-Oeste Cláudio Abreu. Explicou também que de Cachoeira recebia R$ 5 mil pela empresa Vitapan, que atua no ramo farmacêutico.
"Minha atuação era orientar e dar informação para as pessoas que compõem os vários órgãos... Foi esse o motivo que levou a Delta a me contratar", disse, negando que tenha cometido atos ilícitos.
Garcez começou seu depoimento na CPI citando que tem boas relações com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e é amigo do assessor especial do Palácio Planalto, Olavo Noleto. Mas negou que tenha tratado de questões ilícitas com eles.
Ele também disse que é próximo do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do ex-governador do Estado Iris Rezende. Contou ainda que atuou como coordenador da campanha para deputado federal, em 2002, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Porém, ao longo do depoimento Garcez admitiu que por vezes forçava uma intimidade que não tinha com seus interlocutores para manter a boa imagem perante seus chefes.
"Para me valorizar sempre buscava mostrar que tinha bom relacionamento. Muitas vezes essa intimidade de fato nem acontecia, mas fazia parte para manter meus empregos", explicou espontaneamente.
"Para me cacifar, dizia ao Carlinhos que tinha mais poder, mais influência. Vaidoso como sempre, ele achava isso bom", acrescentou.
A sugestão de antecipar para hoje a reunião marcada para a próxima terça-feira partiu do senador Pedro Taques (PDT-MT) após dois depoimentos previstos para hoje terem sido cancelados pelo fato de os investigados terem se recusado a responder as perguntas.
Parlamentares do PT, PSDB e PMDB, que têm governadores envolvidos, votaram contra antecipar a reunião deliberativa prevista para a próxima terça-feira. "Muita água suja vai rolar até quarta. Tem um evidente acordo para proteger os seus", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
"Tem um acordo entre PSDB e PT. Eu não vejo diferença de votar hoje e terça", complementou o deputado Silvio Torres (PTB-PE). Os que votaram contra antecipar a reunião alegaram que havia um acordo para que a votação dos requerimentos ocorra somente na próxima terça-feira.
DEPOIMENTO
Mais cedo, o ex-vereador Wladimir Garcêz, que assessorava Carlinhos Cachoeira e a empresa Delta, disse à CPI nesta quinta-feira (24) que atuava nos dois empregos fazendo contatos políticos, mas negou as acusações de que faria parte de uma organização criminosa ou que tenha cometido atos ilícitos.
Preso desde fevereiro em Goiânia, acusado de fazer parte de uma rede ilegal comandada por Cachoeira, Garcêz fez um depoimento de aproximadamente 15 minutos aos integrantes da CPI mista, mas evitou responder a perguntas do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Garcêz, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia pelo PSDB, afirmou que é acusado com provas obtidas ilegalmente pela Polícia Federal e que só se manifestaria sobre o que conhecia das investigações.
Ele afirmou ainda que recebia R$ 20 mil da construtora Delta para assessorar o ex-diretor da empresa no Centro-Oeste Cláudio Abreu. Explicou também que de Cachoeira recebia R$ 5 mil pela empresa Vitapan, que atua no ramo farmacêutico.
"Minha atuação era orientar e dar informação para as pessoas que compõem os vários órgãos... Foi esse o motivo que levou a Delta a me contratar", disse, negando que tenha cometido atos ilícitos.
Garcez começou seu depoimento na CPI citando que tem boas relações com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e é amigo do assessor especial do Palácio Planalto, Olavo Noleto. Mas negou que tenha tratado de questões ilícitas com eles.
Ele também disse que é próximo do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do ex-governador do Estado Iris Rezende. Contou ainda que atuou como coordenador da campanha para deputado federal, em 2002, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Porém, ao longo do depoimento Garcez admitiu que por vezes forçava uma intimidade que não tinha com seus interlocutores para manter a boa imagem perante seus chefes.
"Para me valorizar sempre buscava mostrar que tinha bom relacionamento. Muitas vezes essa intimidade de fato nem acontecia, mas fazia parte para manter meus empregos", explicou espontaneamente.
"Para me cacifar, dizia ao Carlinhos que tinha mais poder, mais influência. Vaidoso como sempre, ele achava isso bom", acrescentou.
Por Folha