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Greve trava estradas e gera caos em Cumbica

A greve dos servidores federais ampliou ontem os transtornos à população, causando atrasos em portos, aeroportos, rodovias e avenidas. Os grevistas pedem reajuste e melhores condições de trabalho.
A operação-padrão de policiais federais parou Cumbica por cerca de quatro horas, atrasou um terço dos voos internacionais e fez passageiros perderem a viagem.
O impacto se deu no embarque internacional. Os policiais inspecionavam todas as bagagens após o raio X; normalmente, a vistoria é por amostragem. A espera na fila chegou a duas horas.
A checagem de passaportes foi afetada. Agentes da PF assumiram o serviço terceirizado --a terceirização é uma das críticas da categoria. Por isso, houve muita demora.
A greve da Polícia Federal também provocou filas em aeroportos como os de Brasília e Rio (Galeão). Os serviços de emissão de passaportes e as atividades de investigação estão parcialmente parados.
Em São Paulo, o sindicato estima que, no Estado todo, haja uma queda de 30% na emissão de passaportes, cuja média diária é de 2.000.
De manhã, servidores fizeram passeata fechando as quatro pistas da avenida Rio Branco, no Rio. À tarde, grevistas interditaram duas faixas da direita da avenida Paulista, em São Paulo, no sentido Consolação.
Protestos de policiais rodoviários federais provocaram congestionamentos em várias rodovias, como em Pernambuco e Minas Gerais.
A paralisação ou operação-padrão de funcionários da PF, Receita Federal e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também afetou o funcionamento de portos, como o de Santos.

Por Folha