|

Chuva no RS causou estragos em ao menos 21 cidades

Pelo menos 21 municípios registraram prejuízos severos com os temporais que mataram 12 pessoas no Rio Grande do Sul entre sexta-feira (22) e hoje.
Os danos vão desde o destelhamento de moradias, estragos em estradas e pontes até a destruição completa de casas.
Em Igrejinha (83 km de Porto Alegre), morreram sete pessoas da mesma família após uma torrente de lama, pedras e água ter varrido um grupo de casas situadas próxima a uma encosta às margens da rodovia RS-115.
A prefeitura local decretou luto de três dias. O governador Tarso Genro (PT) visitou o bairro da tragédia.
Em Novo Hamburgo (35 km da capital), três crianças da mesma família morreram após a casa onde viviam ter desabado quando a enxurrada pôs abaixo um barranco.
A tragédia foi resultado da soma de dois temporais que, combinados, resultaram em uma quantidade de chuva em 12 horas superior à média esperada para todo o mês.
Conforme meteorologistas do serviço MetSul, a tempestade em Fazenda Vilanova e Sapucaia do Sul, onde ocorreram as duas primeiras mortes ainda na sexta, foi resultado da instabilidade trazida por uma linha de ar quente que se deslocou do noroeste para o centro do Estado.
As outras dez mortes ocorridas em Igrejinha e Novo Hamburgo -- entre a noite de sexta e a madrugada de sábado-- foram causadas por uma nova tempestade, desta vez originada do avanço de uma frente fria que trouxe chuva intensa.
A combinação levou municípios como Campo Bom a registrar 150 mm entre sexta e sábado, o maior volume desde 1984, quando começou a ser feita a medição pluviométrica no local. Em Montenegro choveu 200 mm --150% a média de abril.
Até a tarde deste domingo, cerca de 6.000 imóveis ainda estavam sem luz no Estado. O pico havia sido 200 mil na sexta-feira.

Por Folha