Agência Moody's vai revisar capacidade dos EUA de pagar dívida
A agência de classificação de risco Moody's anunciou em um comunicado nesta quarta-feira, 13, que colocou em revisão para potencial rebaixamento o rating soberano dos EUA - atualmente em Aaa, a classificação máxima -, citando como motivo a possibilidade de o limite de endividamento do governo federal norte-americano não ser elevado em momento oportuno e, dessa forma, levar o país a declarar default em suas obrigações de dívidas.
As agências de classificação de risco têm como ganha-pão a concessão de ratings – ou classificações – a empresas, governos ou qualquer entidade que emita títulos para serem negociados no mercado. Essas classificações são a opinião da agência sobre a capacidade do emissor desses títulos de honrar seus compromissos com os investidores.
A agência informou que também colocou os ratings de instituições financeiras diretamente ligadas ao governo dos EUA em revisão para potencial downgrade. Entre elas, estão a Fannie Mae e a Freddie Mac.
"A revisão no rating dos bônus do governo dos EUA foi provocada pela possibilidade de o teto de endividamento não ser elevado a tempo de evitar a ausência de pagamento dos juros ou do principal de bônus e notas pendentes. Portanto, há um pequeno porém crescente risco de um default de vida curta", disse a Moody's.
De acordo com o comunicado, um default dos EUA, independentemente da duração, alteraria a avaliação que a Moody's possui sobre a pontualidade nos pagamentos futuros relacionados às dívidas do país e impediria que a agência mantivesse o rating em Aaa. O texto informa também que, como um eventual default seria curto e a perda estimada para os investidores mínima, a redução no rating seria para algum lugar perto na faixa de Aa.
Alerta
Para Jeffrey Goldstein, subsecretário de finanças domésticas do Departamento do Tesouro norte-americano, o alerta da agência é um "lembrete oportuno" para o Congresso do país elevar o limite de endividamento do governo federal.
"A avaliação da Moody's é um lembrete oportuno da necessidade de o Congresso avançar rapidamente para evitar um default nas obrigações do país e chegar a um acordo sobre um pacote de redução substancial no déficit", afirmou Goldstein em um comunicado.
A Moody's também disse que bônus emitidos pelos governos de Israel e Egito tendo como garantidor o governo dos EUA também tiveram seus ratings colocados em revisão para potencial rebaixamento.
Em abril deste ano, a Standard & Poor's havia reafirmado o rating de crédito soberano de longo prazo AAA dos EUA e anunciado que reduziu a perspectiva da classificação de estável para negativa. "Mais de dois anos depois do começo da crise recente, os formadores de política dos EUA ainda não chegaram a um acordo sobre como reverter a recente deterioração fiscal ou solucionar as pressões fiscais de longo prazo", comentou na ocasião Nikola Swann, analista de crédito da S&P.
A analista explicou ainda que a perspectiva negativa atribuída aos EUA para o rating sinalizava que a agência acreditava que há ao menos uma chance em três de que o rating de longo prazo do país pudesse ser rebaixado dentro de dois anos. "A perspectiva reflete nossa visão do crescente risco de que as negociações políticas sobre quando e como solucionar os desafios fiscais de médio e longo prazos persistam até pelo menos depois das eleições nacionais de 2012", acrescentou ela, três meses atrás. As informações são da Dow Jones.
As agências de classificação de risco têm como ganha-pão a concessão de ratings – ou classificações – a empresas, governos ou qualquer entidade que emita títulos para serem negociados no mercado. Essas classificações são a opinião da agência sobre a capacidade do emissor desses títulos de honrar seus compromissos com os investidores.
A agência informou que também colocou os ratings de instituições financeiras diretamente ligadas ao governo dos EUA em revisão para potencial downgrade. Entre elas, estão a Fannie Mae e a Freddie Mac.
"A revisão no rating dos bônus do governo dos EUA foi provocada pela possibilidade de o teto de endividamento não ser elevado a tempo de evitar a ausência de pagamento dos juros ou do principal de bônus e notas pendentes. Portanto, há um pequeno porém crescente risco de um default de vida curta", disse a Moody's.
De acordo com o comunicado, um default dos EUA, independentemente da duração, alteraria a avaliação que a Moody's possui sobre a pontualidade nos pagamentos futuros relacionados às dívidas do país e impediria que a agência mantivesse o rating em Aaa. O texto informa também que, como um eventual default seria curto e a perda estimada para os investidores mínima, a redução no rating seria para algum lugar perto na faixa de Aa.
Alerta
Para Jeffrey Goldstein, subsecretário de finanças domésticas do Departamento do Tesouro norte-americano, o alerta da agência é um "lembrete oportuno" para o Congresso do país elevar o limite de endividamento do governo federal.
"A avaliação da Moody's é um lembrete oportuno da necessidade de o Congresso avançar rapidamente para evitar um default nas obrigações do país e chegar a um acordo sobre um pacote de redução substancial no déficit", afirmou Goldstein em um comunicado.
A Moody's também disse que bônus emitidos pelos governos de Israel e Egito tendo como garantidor o governo dos EUA também tiveram seus ratings colocados em revisão para potencial rebaixamento.
Em abril deste ano, a Standard & Poor's havia reafirmado o rating de crédito soberano de longo prazo AAA dos EUA e anunciado que reduziu a perspectiva da classificação de estável para negativa. "Mais de dois anos depois do começo da crise recente, os formadores de política dos EUA ainda não chegaram a um acordo sobre como reverter a recente deterioração fiscal ou solucionar as pressões fiscais de longo prazo", comentou na ocasião Nikola Swann, analista de crédito da S&P.
A analista explicou ainda que a perspectiva negativa atribuída aos EUA para o rating sinalizava que a agência acreditava que há ao menos uma chance em três de que o rating de longo prazo do país pudesse ser rebaixado dentro de dois anos. "A perspectiva reflete nossa visão do crescente risco de que as negociações políticas sobre quando e como solucionar os desafios fiscais de médio e longo prazos persistam até pelo menos depois das eleições nacionais de 2012", acrescentou ela, três meses atrás. As informações são da Dow Jones.
Por Estadão