Repórter que denunciou grampos é achado morto
O jornalista Sean Hoare, ex-repórter do tabloide inglês News of the World e o primeiro a denunciar que os editores do jornal não só sabiam dos grampos telefônicos como incentivavam as práticas de escutas ilegais, foi encontrado morto nesta segunda-feira, em sua casa em Watford, informa o jornal britânico The Guardian.
As causas da morte ainda não foram explicadas, mas até o momento a polícia não trabalha com a hipótese de que tenha alguma relação com o escândalo. Hoare trabalhou no The Sun e no News of the World, e foi dispensado por problemas com bebidas e drogas. Em entrevista na semana passada, Hoare admitiu que teve problemas com bebidas, mas disse que passou pela reabilitação e que o vício não era mais relevante.
Hoare denunciou o esquema de escutas ilegais para o jornal The New York Times, em 2010. Depois, em entrevista à rede de televisão britânica BBC, disse que Andy Coulson, na época editor do News of the World, encorajava abertamente seus repórteres a grampear telefones de celebridades para conseguir furos de reportagem.
Na semana passada, Hoare voltou às manchetes ao dizer que os jornalistas do News of the World tinham acesso a tecnologia policial para espionagem, e que conseguiram essa tecnologia subornando oficiais da polícia. Com o sistema, chamado de "pinging" pelo jornalista, os funcionários do News of the World poderiam identificar a localização de uma pessoa com o celular grampeado em cerca de meia hora.
O esquema de escutas ilegais de telefones foi descoberto em 2005, mas só adquiriu os contornos de um escândalo há duas semanas, quando um detetive que trabalhava para o jornal disse ter grampeado o celular de Milly Dowler, uma menina desaparecida em 2002. Os repórteres do News of the World apagavam as mensagens deixadas no celular da menina, dando a entender à família que ela ainda estava viva. Ao todo, o tabloide grapeou mais de 4 mil telefones de celebridades, jogaderes de futebol, membros da família real e até soldados que lutavam no Afeganistão.
Nos últimos dias, dois policiais do alto escalão da Scotland Yard, a polícia britânica, pediram demissão. Os policiais John Yates e Paul Stephenson são acusados, entre outras coisas, de contratar diretores do tabloide para consultoria para a polícia, e de esconder as práticas ilegais dos jornalistas de Rupert Murdoch.
No último domingo, a ex-editora do News of the World, Rebekah Brooks, foi presa e ficou cerca de 12 horas detida pela polícia. Brooks dirigiu o News of the World entre 2000 e janeiro de 2003, quando ocorreram as escutas ilegais de celulares de políticos, famosos e pessoas comuns em busca de informações exclusivas, embora ela sempre tenha dito que não sabia nada sobre as práticas.
As causas da morte ainda não foram explicadas, mas até o momento a polícia não trabalha com a hipótese de que tenha alguma relação com o escândalo. Hoare trabalhou no The Sun e no News of the World, e foi dispensado por problemas com bebidas e drogas. Em entrevista na semana passada, Hoare admitiu que teve problemas com bebidas, mas disse que passou pela reabilitação e que o vício não era mais relevante.
Hoare denunciou o esquema de escutas ilegais para o jornal The New York Times, em 2010. Depois, em entrevista à rede de televisão britânica BBC, disse que Andy Coulson, na época editor do News of the World, encorajava abertamente seus repórteres a grampear telefones de celebridades para conseguir furos de reportagem.
Na semana passada, Hoare voltou às manchetes ao dizer que os jornalistas do News of the World tinham acesso a tecnologia policial para espionagem, e que conseguiram essa tecnologia subornando oficiais da polícia. Com o sistema, chamado de "pinging" pelo jornalista, os funcionários do News of the World poderiam identificar a localização de uma pessoa com o celular grampeado em cerca de meia hora.
Escândalo já derrubou policiais da Scotland Yard
Nos últimos dias, dois policiais do alto escalão da Scotland Yard, a polícia britânica, pediram demissão. Os policiais John Yates e Paul Stephenson são acusados, entre outras coisas, de contratar diretores do tabloide para consultoria para a polícia, e de esconder as práticas ilegais dos jornalistas de Rupert Murdoch.
No último domingo, a ex-editora do News of the World, Rebekah Brooks, foi presa e ficou cerca de 12 horas detida pela polícia. Brooks dirigiu o News of the World entre 2000 e janeiro de 2003, quando ocorreram as escutas ilegais de celulares de políticos, famosos e pessoas comuns em busca de informações exclusivas, embora ela sempre tenha dito que não sabia nada sobre as práticas.
Por Época


