Ministro diz ter apoio para continuar, mas ataca correligionários
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, disse ontem, por meio de nota, que os parlamentares da bancada do PP que o apoiam "são fiéis" tanto a ele quanto ao governo de Dilma Rousseff.
"Não são parlamentares que mudam de lado ao sabor de seus interesses e trazem para o plano nacional disputas regionais que dizem respeito apenas a eles próprios e não ao partido."
Dos 41 deputados federais do partido, 30 querem a saída de Negromonte. Anteontem eles se reuniram para reclamar que não são atendidos e que não têm suas emendas liberadas na pasta administrada pelo partido.
No ministério desde o início do governo, Negromonte enfrentou uma série de suspeitas de irregularidades.
Em agosto, por exemplo, o ministro foi acusado de oferecer um "mensalinho" de R$ 30 mil para deputados do PP em troca de apoio interno, segundo reportagem da revista "Veja". Negromonte negou todas as acusações.
De acordo com a nota divulgada ontem, o "ministro tem um patrimônio político construído ao longo de seis mandatos sem nenhum processo e nenhuma mancha em sua trajetória".
No domingo, reportagem da Folha mostrou que Negromonte deixou de ser chamado para reuniões sobre os preparativos para a Copa 2014, tem recebido menos recursos do que outros grandes ministérios e não influi mais no desenho dos principais programas da sua área, como o Minha Casa, Minha Vida.
No encontro da bancada realizado anteontem, o ex-governador Esperidião Amim (SC) resumiu a situação do ministro da seguinte forma: "O ministro é tratado como um fantasma, estamos descolados do ministério e do ministro. Nós somos trouxas e o governo se diverte", disse.
O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), disse no encontro que, "a julgar pela reportagem [de domingo] --e nenhum desmentido--, a situação de Negromonte ficou insustentável".
REAÇÃO DO MINISTRO
Sobre isso, a nota diz respeitar os "diferentes pontos de vista e interpretações" sobre os fatos: "Achamos que se a Folha, mesmo nos ouvindo, achou por bem publicar a sua versão, publicando a nossa também, cabe ao leitor formar a sua opinião".
"A presidente não aprovaria para seu ministério alguém que considerasse inapropriado para o cargo", diz ainda o texto da nota divulgada pelo ministro.
Negromonte é o único titular do PP na Esplanada e comanda o terceiro orçamento do governo para investimentos (R$ 7,6 bilhões).
Ele assumiu o cargo por pressão da legenda, mesmo sem contar com o entusiasmo da presidente. Dilma preferia manter Márcio Fortes --que ocupou o cargo de 2005 a 2010Ð no posto, mas a sigla preferiu mudar o nome.
Por Folha
"Não são parlamentares que mudam de lado ao sabor de seus interesses e trazem para o plano nacional disputas regionais que dizem respeito apenas a eles próprios e não ao partido."
Dos 41 deputados federais do partido, 30 querem a saída de Negromonte. Anteontem eles se reuniram para reclamar que não são atendidos e que não têm suas emendas liberadas na pasta administrada pelo partido.
No ministério desde o início do governo, Negromonte enfrentou uma série de suspeitas de irregularidades.
Em agosto, por exemplo, o ministro foi acusado de oferecer um "mensalinho" de R$ 30 mil para deputados do PP em troca de apoio interno, segundo reportagem da revista "Veja". Negromonte negou todas as acusações.
De acordo com a nota divulgada ontem, o "ministro tem um patrimônio político construído ao longo de seis mandatos sem nenhum processo e nenhuma mancha em sua trajetória".
No domingo, reportagem da Folha mostrou que Negromonte deixou de ser chamado para reuniões sobre os preparativos para a Copa 2014, tem recebido menos recursos do que outros grandes ministérios e não influi mais no desenho dos principais programas da sua área, como o Minha Casa, Minha Vida.
No encontro da bancada realizado anteontem, o ex-governador Esperidião Amim (SC) resumiu a situação do ministro da seguinte forma: "O ministro é tratado como um fantasma, estamos descolados do ministério e do ministro. Nós somos trouxas e o governo se diverte", disse.
O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), disse no encontro que, "a julgar pela reportagem [de domingo] --e nenhum desmentido--, a situação de Negromonte ficou insustentável".
REAÇÃO DO MINISTRO
Sobre isso, a nota diz respeitar os "diferentes pontos de vista e interpretações" sobre os fatos: "Achamos que se a Folha, mesmo nos ouvindo, achou por bem publicar a sua versão, publicando a nossa também, cabe ao leitor formar a sua opinião".
"A presidente não aprovaria para seu ministério alguém que considerasse inapropriado para o cargo", diz ainda o texto da nota divulgada pelo ministro.
Negromonte é o único titular do PP na Esplanada e comanda o terceiro orçamento do governo para investimentos (R$ 7,6 bilhões).
Ele assumiu o cargo por pressão da legenda, mesmo sem contar com o entusiasmo da presidente. Dilma preferia manter Márcio Fortes --que ocupou o cargo de 2005 a 2010Ð no posto, mas a sigla preferiu mudar o nome.
Por Folha