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Rota Anchieta-Imigrantes tem escalada de vítimas

O sistema Anchieta-Imigrantes registrou, nos primeiros nove meses deste ano, aumento do número de mortos e feridos em acidentes. Trata-se de um recorde: com 13 anos sob concessão, nunca houve tantos feridos nos 176,8 km que fazem parte do sistema: foram 2.595 de janeiro a setembro.
Embora os acidentes tenham caído 14%, eles estão mais graves: o número de mortos subiu 19% (de 77 para 92) e o de feridos, 31% (de 1.988 para 2.595), nos primeiros nove meses do ano, em relação ao mesmo período de 2010.
Essa tendência foi verificada antes do megaengavetamento de 15 de setembro na Imigrantes, que, em uma tarde com neblina, envolveu cerca de 300 veículos, deixou um morto e 51 feridos.
Na prática, essas estradas que são a principal rota do litoral sul já têm acumulado dez vítimas por dia, o equivale a um megaengavetamento a cada cinco dias.
Há incertezas nas explicações do fenômeno no sistema Anchieta-Imigrantes (que inclui parte da Cônego Domênico Rangoni e Padre Manoel da Nóbrega).
Especialistas citam um eventual relaxamento da fiscalização da velocidade e da lei seca. Há também questionamentos sobre os impactos do tráfego de caminhões pós-Rodoanel Sul.
As regiões com mais acidentes estão próximas de trechos urbanos: na Anchieta, do km 16 ao km 30 (em São Bernardo do Campo); na Imigrantes, do km 65 ao km 70 (em São Vicente). A concessionária afirma que 85% dos feridos são leves e culpa a "imprudência de motoristas e pedestres".
A disparada de vítimas é independente do aumento do fluxo de veículos no sistema. Uma fórmula do governo (que já leva em consideração a variação do número de veículos) mostra que, de janeiro a agosto, houve piora de 8% no índice de mortos e de 29% no de feridos.

Por Folha