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Greve da PF prejudica emissão de passaportes, diz sindicato

A greve nacional de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal, iniciada nesta terça-feira, vai prejudicar a emissão de passaportes. Segundo a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), apenas passaportes de urgência serão emitidos.
A entidade ainda não emitiu balanço sobre os serviços que estão em greve em todo o país, mas promete divulgar até o fim da tarde.
Os policiais não definiram o que são os casos urgentes --isso ficou a cargo de cada sindicato nos Estados. "Se alguém precisar viajar por conta de um problema familiar ou se já comprou passagem e percebeu que está com passaporte vencido, obviamente ele será feito. Gostaríamos que as pessoas entendessem, pois estamos negociando [reajuste] há dois anos. Se houver algum gesto do governo, vamos suspender e retomar a negociação", disse o presidente da Fenapef, Marcos Wink.
Os serviços das delegacias especializadas de registro de estrangeiros passarão a funcionar em escala mínima até a próxima sexta-feira (10), quando haverá uma assembleia para decidir se a greve continua ou não.
A Fenapef argumenta que os profissionais estão sem aumento desde 2005 e que o salário inicial, de R$ 7.200, está defasado. Os profissionais reivindicam um aumento, em cinco anos, chegando até R$ 13 mil, equiparando com outras carreiras, como de auditores da Receita ou agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
"Os passaportes têm que ser conferidos pelos papiloscopistas, por isso os passaportes já estão sofrendo nessa situação", diz Jones Leal, presidente no sindicato no Distrito Federal.
Os policiais também dizem que falta efetivo para o controle de fronteiras ou nos aeroportos, onde a PF monitora a entrada de estrangeiros e passagem de drogas, armas ou outros materiais ilícitos. Por isso, os policiais iniciaram uma operação-padrão, ou seja, passaram a fazer as checagens de forma mais completa e demorada, ocasionando filas.

Por Folha