|

Fotos de Bin Laden poderiam despertar ódio

Publicar as fotos do corpo do líder terrorista Osama bin Laden poderia ter um efeito "incendiário", admitiu nesta terça-feira a Casa Branca, que reconheceu essa possibilidade como um dos fatores que inibem o Governo americano de divulgar as imagens. Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, revelou que outro motivo é que essas fotografias são muito "repulsivas".
Bin Laden morreu no domingo passado em uma operação planejada pela Central de Inteligência Americana (CIA) e executada pela Team 6, uma unidade especializada no combate a terroristas. Ele foi alvo de disparos contra a cabeça e o peito. Segundo a Casa Branca informou nessa terça, o líder terrorista, que se escondia na localidade de Abbottabad, próxima a Islamabad, estava desarmado.
A Casa Branca cogita a possibilidade de tornar públicas as fotografias do corpo, mas, até o momento, não tomou nenhuma decisão, insistiu Carney, que pediu paciência à imprensa. "Estamos analisando a situação e tomaremos a decisão apropriada".
Os serviços de Inteligência americanos estão preocupados que a divulgação de imagens polêmicas possa pôr em perigo o êxito de operações futuras.
Mas a Casa Branca está ciente sobre as exigências dessas imagens para a comprovação da morte de seu inimigo público número um. Os familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 também as reivindicaram, com o argumento de que lhes ajudará a virar a página.
Segundo fontes do Pentágono, a Casa Branca possui três séries de imagens: fotos do corpo, vídeos da cerimônia em que o corpo foi jogado ao mar do porta-aviões Carl Vinson e imagens do interior da residência onde vivia o líder terrorista.
Em sua entrevista coletiva, Carney indicou que bin Laden e sua família foram localizados no segundo e terceiro andar da residência. O porta-voz afirmou que o líder da Al Qaeda resistiu à captura, o que levou o comando americano a atirar contra o terrorista.


Por Veja